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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ATENDIDOS NA CLÍNICA UNIVERSITÁRIA DE REABILITAÇÃO, EDUCAÇÃO E SAÚDE (CURES) NA CIDADE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE

Introdução: A Instituição Clínica Universitária de Reabilitação, Educação e Saúde (CURES) está localizada em uma região da cidade da Vitória de Santo Antão - PE com realidade e necessidades comprovadamente carentes. Dentre as patologias atendidas na referida Instituição, o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das mais atendidas pelo setor de fisioterapia em Neurologia. O AVE é definido por uma má distribuição de fluxo sanguíneo no cérebro, podendo ser classificado em isquêmico, hemorrágico e ataque isquêmico transitório. Dependendo da extensão da lesão e áreas encefálicas envolvidas, poderá ocasionar alterações na fala, cognição e padrão motor. Objetivo: Analisar a prevalência de pacientes com AVE que foram atendidos na CURES, traçar um perfil sociodemográfico, uso de medicações para controle da pressão arterial, utilização de órteses, cadeiras de rodas e dispositivos para auxilio à marcha. Materiais e Métodos: A pesquisa foi efetuada na CURES; a coleta de dados dos prontuários foi realizada no período compreendido entre os meses de julho a outubro de 2017. Para tanto, foi executada uma revisão criteriosa dos prontuários dos pacientes atendidos no Setor de Neurologia Adulto da CURES, selecionando aqueles que tivessem o diagnóstico clínico e ou por exames de imagem do AVE. Resultados: Após o término do estudo, pode-se observar que do total de 100% (cem por cento) pacientes atendidos no Setor de Neurologia Adulto da CURES, 46%(quarenta e seis por cento) apresentaram o diagnóstico de AVE; a idade média desses pacientes variou de 32 a 88 anos; desses, 56%(cinquenta e seis por cento) são do sexo masculino e 44%(quarenta e quatro por cento ) do sexo feminino; já quanto à marcha, verificou-se que 76%(setenta e seis por cento) desses pacientes conseguem deambular e 24% (vinte e quatro por cento) não apresentam tal forma de locomoção; em relação ao uso de medicações para controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS), nos pacientes do sexo masculino 8%( oito por cento) fazem uso de atenolol®,48% (quarenta e oito por cento) de losartana®, 9% (nove por cento) de clonazepam®, 13% (treze por cento) de enalapril® e 22% (vinte e dois por cento) não especificaram a medicação que fazem uso; já nos pacientes de sexo feminino, 6% (seis por cento) faz uso de atenolol®,, 39% (trinta e nove por cento) de losartana®, 11%(onze por cento) enalapril® e 44% (quarenta e quatro por centto) não especificaram a medicação. Conclusão: os dados epidemiológicos apresentaram importância para traçar um perfil populacional da cidade no que se refere à incidência do AVE em uma sub população de pacientes com sequelas de lesão neurológica; além do mais, esses dados são inexistentes na cidade. Os resultados também deverão proporcionar a averiguação de possíveis estratégias para a prevenção do surgimento do AVE ou melhora do quadro motor dos referidos pacientes, já que o AVE demonstrou um alto índice dentre as patologias de neurologia adulto da referida Instituição.

FONTE: FACOL

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