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Satisfação e autoconfiança dos estudantes de enfermagem em cenários clínicos simulados com presença de odores desagradáveis: ensaio clínico randomizado

OBJETIVOS: Comparar a satisfação e a autoconfiança dos estudantes de enfermagem em atividades clínicas simuladas com e sem a presença de odores. MÉTODOS: Um ensaio clínico randomizado incluiu estudantes de graduação em enfermagem com 18 anos ou mais, alocados de forma randômica para Grupo Intervenção (participação em cenários simulados com odores) ou Grupo Controle (participação em cenários simulados com os mesmos temas, porém sem odores). Os odores foram obtidos com alimentos fermentados. Foram excluídos estudantes que já tivessem prática profissional em enfermagem. Para a coleta de dados foram utilizados um Instrumento de Caracterização e Percepção dos Sujeitos, a Escala de Satisfação com as Experiências Clínicas Simuladas (ESECS) e a Escala de Satisfação e Autoconfiança na Aprendizagem (ESAA). Para análise dos dados foi realizada estatística exploratória, com análise de frequência, porcentagem e teste de confiabilidade Alfa de Cronbach para a ESECS e a ESAA e, após análise amostral pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, foi realizado Teste t de Student para comparação de médias. RESULTADOS: Participaram do estudo 100 graduandos de enfermagem, 55 do grupo intervenção (cenário com presença de odor) e 45 do grupo controle (cenário sem presença de odores). Foram encontrados altos valores de Alfa de Cronbach tanto para a ESECS (0,862) quanto para a ESAA (0,842) e altos escores para satisfação e autoconfiança na aprendizagem nos dois grupos. Na comparação de médias não houve diferenças significativas entre os valores atribuídos à satisfação e a autoconfiança, no grupo intervenção e no grupo controle. CONCLUSÕES: Houve altos scores atribuídos a satisfação e autoconfiança entre os participantes, todavia, quando comparados, nesta amostra, não houve diferença na satisfação e autoconfiança entre grupos que usaram cenários simulados com e sem a presença de odores desagradáveis. Todavia, o uso de odores nos cenários foi destacado pelos participantes como elementos de estímulo ao uso de equipamentos de proteção individual e também ao estímulo do aprendizado da comunicação não verbal.

FONTE: SCIENTIA MEDICA

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